Pressões e impactos nas massas de água

O inventário das pressões significativas que afetam as massas de água fronteiriças e transfronteiriças é realizado por cada país de acordo com as tipologias de pressão definidas no Guia de Relatórios da DQA 2022 da Comissão Europeia. Para o segundo ciclo de planeamento hidrológico (2015-2021), o inventário de pressões de cada país foi avaliado em diferentes reuniões técnicas com a parte portuguesa. Para o terceiro ciclo de planeamento, não foi possível realizar esta coordenação, uma vez que ambos os países tiveram tempos diferentes para a elaboração dos planos hidrológicos e houve um desfasamento temporal significativo entre eles.

As pressões hidromorfológicas afetam o maior número de massas de água da parte espanhola da região hidrográfica do Douro internacional. Na parte portuguesa da região, as pressões antropogénicas (desconhecidas) são as que mais afetam as massas de água, sendo desconhecidas porque provêm da parte espanhola.

Em termos de impactos, o mais frequente entre as massas de água fronteiriças e transfronteiriças da parte espanhola é a alteração do habitat devido a alterações morfológicas, incluindo a conetividade (HMHI), que afeta 17 massas de água, ou seja, 60,71% das massas de água fronteiriças e transfronteiriças desta região. As massas de água portuguesas são maioritariamente afetadas pela poluição por nutrientes (NUTR), seguida da poluição química (QUIM), sendo a Albufeira do Pocinho (PT03DOU0371) a massa de água mais afetada por tipo de impacto, com impactos desconhecidos (DESC), alteração do habitat devido a alterações morfológicas (HMHI), poluição orgânica (ORGA) e poluição por nutrientes (NUTR).